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D CADIMA

D CADIMA

D.CADIMA
Artista Plástico - Pintor

Deolindo Pessoa Cadima, nasceu na vila de Montemor - o - Velho / PORTUGAL, no dia 30 de Junho de 1943.
Desde criança que sentia um certo apelo pela arte, mas é com cerca de onze anos de idade que começa a encarar a pintura como hobby. Pintor autodidacta, a pintura é hoje, a sua principal ocupação.
É aposentado da função pública.
Considera-se realista,na medida que procura retratar, com a sua fidelidade, não só aquilo que vê, mas também aquilo que sente e o que lhe vai na alma.
Ao longo dos seus mais de cinquenta anos de pintura,como amador, já fez cerca de oitenta exposições individuais e algumas colectivas.
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OPINIÕES

JOSÉ BERARDO (Grande mestre da pintura) in Despertar de 24/04/2002

..." A pintura de Cadima, esta que vejo agora, é depurada num vasto lastro espiritual, de esteta, e retoma um sentido expressional que lembra a geração de Américo Dinís, Assunção Dínis e Carlos Ramos,mas com ingredientes mais modernos, sem a infecção verbalista de quaisquer academismos. Afinal um pintor deste tempo, com forte bagagen clássica e atento ao tempo que passa." - ...
(Exposição no Hotel Dona Inês / Coimbra - Abril de 2002)


MANUEL BONTEMPO ( crítico de arte) in Despertar de 24/04/2002

..." Cadima parte amiúde da retórica empolada, na medida em que o quadro nasce na mente, na sábia intenção formal, sem nenhum constrangimento lógico, para numa aplicação legivel transfigurar a natureza na concepção impressionista inventando ângulos, perspectivas, a natureza física, palpável, mas a um tempo diáfana onde se distingue um bom desenho, corpos em movimento, a terra com o seu sortilégio, os homens e bichos, a paisagem magnífica, vivida na consciencialização estéctica do modernismo de expressão lírica pessoal, de cunho personalista, que destingue este pintor."- ...
(Exposição no Hotel Dona Inês / Coimbra - Abril de 2002)


MANUEL BONTEMPO ( crítico de arte ) in Despertar de 15/06/2007

... " Cadima com os seus trinta anos de arte e de percorrer o país é um "contista" numa intensidade coloquial de Coimbra e periferia, e transforma pelos pincéis a vulgaridade do quotidiano numa lição de estesia, em estudos aturados, uns e outros secundários, a demonstrar o atento observador da " individualidade da região de Coimbra", numa culpabilidade e responsabilidade, por vezes obsessiva, na minúcia, como agora se nota, mais uma vêz no Casino da Figueira da Foz num painel de interdependência Homem-sociedade, do pintor ser de cultura." ...
... " Figura relevante da década de setenta, conquistou o seu prestígio num invulgar ultra-romântismo, a par de Hébil e o seu discurso plástico empírico apaixonou logo a crítica e o público com intervenções tridimensionais extravagantes na cor viva e nas perspectivas onde "metia" a figura humana. Afinal um criador!
(Exposição no Casino da Figueira da Foz - Junho de 2007


MANUEL BONTEMPO (crítico de arte) in Despertar de 14/03/2008

... " Poder-se-ia dizer que o pintor está ligado à terra, ao húmus da terra, como Pascoal, o poeta transmontano, canta o idílio rural e entra na cidade, tantas vezes, para exprimir a sua autenticidade interior na visão do Mundo." ...

... "Figura quimérica. Rebelde. Diz que o triunfo do Homem está na arte. Se contemplamos quadros que lembra uma Pastoral ou um simples Bolero outros mais hermétricos tem muito de Wagner, ou da filosofia de Niestzche, no trepidar das tintas,na indecisão do tema, que o pintor deliberadamente assina, numa intensidade intelectual, como jogasse com a inteligência do público, mas sem se afastar da beleza tal como a apontou São Tomás de Aquino: "A beleza artística é o que os nossos olhos observam". " ...
(Exposição no Hotel Dom Luís / Coimbra - Março de 2008)

 D.CADIMA:

SER PINTOR

 

Disseram-me certo dia em criança: “Sois pintor”!

Lágrimas de tinta verti numa tela

E, de tanta, cheguei ao fim da tela

Sem distinguir as figuras que pintava, que pensava…

Não é colorida a vida do pintor na mágoa!

Compreender o Mundo à sua volta é sua regra.

Embelezar a vida dos outros é o seu desígnio,

Abdicando de viver a sua própria…

 

Pinto, se sou artista ou não, tão pouco sei!

Se o faço bem, em incerteza fico e deixo no ar…

Pinto por entender dever registar o que me cerca…

Sou apenas porque nasci…

 

A vida é uma cadeia de fugas…

Escolho certas e registo-as em telas,

Se sai arte, com poesia, não me inquieta,

Aventurar é o que interessa…

 

Tempo não tenho, pressa não granjeio!

Se presunção é exibir o que executo,

Prefiro acomodar no atelier o que pinto

E, se existir é saber, como iniciado atesto

As cenas do dia a dia

E as transmuto em arte

Na cata das melhores figuras e paisagens

Que coluram a tela com poesia, apenas isso ambiciono…

 

Será parco? Ou copioso… este pintar?

 

(Do livro - Pétalas de lágrimas -Autor: Deolindo Pessoa Cadima)

 

Antigo Grupo de Fados e Guitarras de Coimbra
Acrílico sobre tela
73cm x 100cm


Coimbra / Portugal
Óleo em relevo sobre tela
113cm x 197cm
 

 

Montemor-o-Velho / Portugal
Acrílico sobre tela
97cm x 143cm

*
PRECE

Das ameias do teu castelo, Montemor,
Estendia o meu olhar,
Gozava a paisagem verdejante
E o Rio Mondego correndo para o mar.

Amava-te, terra querida,
Amor dava e não recebia!
Madrasta “foste” para mim, porquê?
Quando só carinho te pedia!

Parti e em meu pensamento levei
A fé, de um dia voltar,
Mas se em vida não regressar,

Compaixão de mim Deus tenha,
Em terra alheia não fique,
Em tuas entranhas me vá sepultar.

(Do livro – Pétalas de lágrimas – Autor: Deolindo Pessoa Cadima)

 

Figueira da Foz / Portugal
Acrílico sobre tela
97cm x 143cm

 

https://sites.google.com/site/galeriadeartedcadimapintor/

 

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